A foto aí registra uma noite cheia de aventura – eu e duas amigas fugindo da confusão instalada em La Paz, que rendeu mais de uma semana de estado de sítio pros brasileiros que ficaram lá, ainda. Nós, devido àquelas coincidências do destino, tomamos conhecimento da dimensão do movimento dos campesinos horas antes e conseguimos sair da cidade.
Esse final de semana me lembrei desta noite aí, passada no aeroporto de El Alto, La Paz. Foi uma noite de sono excelente exceto pelo guardinha que no meio da madrugada me acordou pra ver meu passaporte. O aeroporto fecha à meia-noite, eles não desligam o sistema de aquecimento (helloooow, estamos a 4 mil metros de alturaaaaaa) e então tudo é silêncio.
E, empolgada com essa experiência memorável, lá fui eu pegar um voo pra BH nesse fimdi às 05h da manhã. Como eu ia ter que acordar às 3h mesmo pra ir pro aeroporto, aproveitei que meu irmãozinho chegou à 1h da manhã e fui logo pra lá, aproveitando uma carona e economizando táxi. Aaaaai, que noite terrível! Um banco duríssimo com divisórias (móveis, é verdade, mas incomodavam do mesmo jeito) , ar condicionado fortíssimo (bem-vindo aos estabelecimentos fechados na Bahia) e vôos saindo a noite toda não me deixaram dormir. Toda hora tinha aquela campainha chata e uma voz de taquara rachada de alguém da GOl/TAM/Ocean Air/BRA anunciando vôo. Acho que devia ser uma das noites mais agitadinhas por lá. O pouco tempo que consegui entrar em REM ainda tive pesadelos! Literalmente… durma-se com um barulho desses!